Clinipam investe em programas de emagrecimento para melhorar saúde dos beneficiários
Neste sábado, 29, mais uma edição do SOS Balança e do Mova-se chegam ao
fim; programas estimulam mudanças de hábitos para tratar da obesidade e evitar
consequências futuras
Foram quatro meses de
muita força de vontade e dedicação para mudar o estilo de vida, encarar uma
dieta equilibrada e deixar o sedentarismo de lado para fazer as pazes com a balança.
Neste sábado, dia 29, 67 adultos e 41 crianças e adolescentes finalizam a
participação nos Programas SOS Balança e Mova-se, respectivamente. É o fim de
uma etapa de muito aprendizado e autoconhecimento e um grande passo para seguir
em frente com novos hábitos, muito mais saudáveis, para viver mais e melhor.
A festa de encerramento
dos Programas acontece na Decatlhon (Pista lateral na BR 116, 10.000, Jardim
Botânico), das 9 às 11 horas, e é aberta ao público. A programação inclui
atividades de dança, circuito de exercícios e premiação dos participantes que
conquistaram os melhores resultados - às 9h30 serão revelados os destaques do
Mova-se e, às 10h, os vencedores do SOS Balança.
O SOS Balança e o Mova-se são
Programas que fazem parte do Centro de Qualidade de Vida (CQV) da Clinipam,
dirigido para beneficiários com sobrepeso ou obesidade. Cintia Dilay, gerente
do CQV, destaca que um dos diferenciais da operadora de saúde paranaense é a
atenção à prevenção para evitar problemas futuros de saúde. Daí, a importância
dos programas que incentivam a mudança de hábitos com a finalidade de perder peso.
“A medicina preventiva tem papel
fundamental para evitar as doenças relacionadas ao excesso de peso. Pessoas que
têm propensão à obesidade devem adotar hábitos saudáveis como uma dieta
equilibrada, com menor consumo de alimentos gordurosos e exercícios físicos
regulares. Perder de 5 a 10% do peso melhora os fatores de risco para doença
cardiovascular, diminui a pressão arterial, as taxas de glicose e o colesterol,
além de trazer outros benefícios para a saúde”, diz Cintia.
Tratamento
multidisciplinar
O SOS Balança e o Mova-se são
ministrados por
uma equipe multidisciplinar formada por médicos, educadores físicos, psicólogos
e nutricionistas. Além do acompanhamento individual, os beneficiários
participam de encontros em grupo. No caso das crianças e adolescentes também há
sempre a participação dos pais – uma que vez que, para perder peso nesta fase
da vida, é preciso investir numa mudança de hábitos de toda a família. “Os
encontros são bem dinâmicos e eles levam tarefas para realizar em casa.
Oferecemos aulas com dicas de preparo de alimentos saudáveis, realizamos jogos
e atividades lúdicas, além de todo o acompanhamento emocional necessário para a
mudança no estilo de vida. Sabemos que a alimentação também tem relação com o psicológico”,
detalha Cintia.
E o depoimento de uma das participantes do Mova-se
comprova a afirmação da gerente do CQV. Sabrina Pereira Fernandes, de 13 anos,
se inscreveu no Mova-se por indicação médica. E foi a psicóloga que ajudou a
adolescente a inserir alimentos como alface, brócolis, tomate, vagem, cenoura e
pepino nas refeições. “Eu achava que não gostava, mas a profissional me
incentivou a experimentar. Ela me disse que as saladas e os legumes varrem o
estômago e que precisam estar presentes no prato”, conta a adolescente.
Após quatro meses, Sabrina perdeu aproximadamente
dois quilos e ganhou muito aprendizado. “Gostei bastante. Agora sei comparar os
alimentos no supermercado e ver a quantidade de açúcar na tabela nutricional
para saber o que posso comer. Estou triste que o programa acabou, mas vou
continuar seguindo todas as recomendações que aprendi no Mova-se”.
A avó de Sabrina, Nair Mendes Pereira Fernandes,
acompanhou a neta no Programa da Clinipam e comemora o principal resultado: a
mudança de hábitos. Como “santo de casa não faz milagre”, Dona Nair acredita
que a ajuda da equipe multidisciplinar do Mova-se foi muito importante. “A
gente sempre dizia que ela precisava mudar a alimentação, mas não adiantava.
Agora, minha neta sabe que precisa começar a refeição pela salada e que o prato
deve ser divido em quatro partes: salada e legumes, que devem ocupar a metade,
além do arroz, feijão e da carne”, aponta.
Amar
a si mesmo
Para Elizabeth de Oliveira, 49 anos, emagrecer é
uma forma de cuidar de si e exercitar o amor próprio. E ela sente na pele,
desde muito jovem, os efeitos negativos que uma alimentação desregrada traz
para o organismo. Aos 18 anos, foi hospitalizada para tratar de uma bulimia.
“Tenho 1,72 de altura e cheguei a pesar 37 quilos. Foi um processo longo para
me tornar saudável novamente”, relata.
Aos 31 anos, na gravidez do segundo filho, passou
por uma situação inversa: ganhou 49 quilos e, desde então, está numa luta sem
fim para perder peso. “Só nós que temos que tomar a decisão de emagrecer e ter
a consciência que precisamos cuidar de nós mesmos. O médico não faz milagres.
Aprendi essa lição porque tive um câncer no útero, que me fez acordar pra vida.
Percebi que quero viver bastante e com qualidade, sem dores nos joelhos, nas
costas, pré-diabetes e pressão alta. Para isso, preciso emagrecer. Minha vida é
mais importante que o prazer momentâneo trazido pela comida”, depõe Elizabeth.
Desde que tomou essa decisão, a paciente já perdeu
12 quilos. O SOS Balança está chegando ao fim, mas as mudanças de hábitos só
começaram. “O Programa me ensinou muito. A psicóloga me motivou, o preparador
físico mostrou que podemos superar os desafios e o legado da nutricionista foi
aprender a ler os rótulos. Agora, é seguir em frente. Já estou formando um
grupo para jogar vôlei nos fins de semana”, finaliza Elizabeth.
Epidemia
Uma pesquisa do Ministério da Saúde
indica que 53% da população brasileira estão com excesso de peso e 45,8%
praticam atividade física insuficiente. Realizado em 2017, o estudo envolve
entrevistas feitas por meio do telefone, com participação da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Os dados sobre a obesidade
infantil também são alarmantes. Nas últimas quatro décadas, o número de
crianças e adolescentes de até 17 anos com sobrepeso aumentou em 10 vezes. O
Ministério da Saúde aponta ainda que a obesidade atinge 13% dos meninos e 10%
das meninas nesta faixa etária.
“Tivemos crescimento de 289% de
obesidade infantil nos últimos 20 anos no Brasil. O contexto atual é grave e
preocupante. A questão do excesso de peso e obesidade tornou-se, nos últimos
anos, um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. A avaliação do peso
deve fazer parte da rotina de atendimento da medicina pública e privada já na
infância”, sinaliza Cintia Dilay.
Comentários
Postar um comentário