"A Juventude é um Corpo que Sabe se Limpar": Neurocientista Explica como Ativar a "Faxina Celular" Premiada com Nobel
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| Foto Gabriel Luchmann |
Com base em estudos de Harvard e do Instituto Karolinska, Júlio Luchmann detalha como o jejum e o movimento reativam as mitocôndrias e revertem o envelhecimento sistêmico.
Durante décadas, a medicina acreditou que o envelhecimento era um processo de desgaste inevitável. Hoje, a ciência entende que envelhecer é, na verdade, um problema de acúmulo de resíduos e falta de energia. Para o neurocientista e fitoterapeuta Júlio Luchmann, a chave para a longevidade não está em "parar o tempo", mas em reativar a capacidade natural do corpo de se reciclar, um processo biológico conhecido como autofagia.
O mecanismo, descrito pelo japonês Yoshinori Ohsumi (vencedor do Prêmio Nobel de Medicina em 2016), é o sistema de limpeza interna onde a célula elimina estruturas danificadas e as transforma em energia nova.
"A juventude nada mais é do que um corpo que aprendeu a se limpar por dentro. Quando perdemos a capacidade de fazer essa faxina, acumulamos proteínas danificadas que levam a doenças como Alzheimer e Parkinson", explica Luchmann.
O "Marcapasso" do Envelhecimento
O especialista destaca que o centro dessa operação são as mitocôndrias, as usinas de energia das nossas células. Segundo a Harvard Medical School (2023), as mitocôndrias funcionam como o "marcapasso do envelhecimento". Quando elas falham, o corpo inflama e adoece.
A boa notícia, segundo Luchmann, é que a disfunção mitocondrial é reversível. Ele cita dados do Karolinska Institute (2023), que confirmaram: a atividade física regular não apenas queima calorias, mas aumenta em 45% a biogênese mitocondrial. "Isso significa que o movimento faz o corpo fabricar novas usinas de energia. A cada passo, o corpo limpa, cura e recomeça", analisa o neurocientista.
Jejum: Pausa para Reparar
Além do movimento, a ferramenta mais potente para ligar esse sistema é o jejum intermitente, não como dieta de emagrecimento, mas como estratégia metabólica.
Luchmann aponta para estudos da University of Southern California (2023), que observaram que pausas alimentares de 14 a 16 horas aumentam a produção de antioxidantes naturais em 45% e reduzem marcadores inflamatórios em 30%.
"Comer o tempo todo impede o corpo de entrar no modo de reparo. O jejum controlado, aliado ao sono profundo e a fitonutrientes como o resveratrol, ativa as sirtuínas, conhecidas como os genes da longevidade", detalha.
Longevidade em Números
A ciência valida o otimismo do especialista. O National Institute on Aging (2022) demonstrou em modelos experimentais que a ativação consistente da autofagia pode reduzir a inflamação sistêmica e prolongar a expectativa de vida em até 30%.
Para Júlio Luchmann, a mensagem é clara: a biologia humana é plástica e responde aos estímulos certos. "Não somos reféns da genética. Se oferecermos as condições de sono, nutrição e intervalos metabólicos, o corpo ativa sua farmácia interna e retarda o relógio biológico."
Quem é Julio Luchmann
Julio Cesar Luchmann é neurocientista, fitoterapeuta clínico, mestre em Educação e doutorando em Naturopatia com ênfase em Fitoterapia. Reconhecido como o maior influenciador digital do país na área, soma mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais, onde traduz temas complexos de ciência e saúde natural em linguagem acessível e prática.

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