Escola curitibana inova ao não separar crianças por idade na educação infantil

 


Escola curitibana inova ao não separar crianças por idade na educação infantil

A educação passa por transformações inspiradoras em todo o mundo e uma escola de Curitiba está liderando esse movimento com uma abordagem singular: não separar as crianças da educação infantil de acordo com a faixa etária, permitindo que os estudantes de zero a seis anos aprendam e convivam juntos desde o berçário.

“Acreditamos que a diversidade enriquece a jornada educacional de nossos estudantes, e isso inclui promover o convívio entre crianças de diferentes idades. Não existe nenhuma determinação legal que obrigue as escolas a dividirem as crianças o tempo todo em grupos específicos. Isso não é necessário para o aprendizado e nem é a melhor forma de aprender”, comenta a diretora da escola Interpares, Dayse Campos.

Ela explica que as escolas costumam se organizar dessa forma porque isso facilita a gestão e não porque é a melhor forma de ensinar. “Aqui, nós priorizamos o ensinar, não o gerir ou o controlar. Como vamos gerir e controlar a rotina é um desafio dos adultos - educadores e responsáveis - e, aceitando esse desafio, desenvolvemos mecanismos eficazes para coordenar essa proposta inovadora”. 

A ideia pedagógica da Interpares é criar um ambiente que reflita, de forma segura e respeitosa, as relações do mundo fora da escola, onde pessoas de diferentes idades interagem e colaboram regularmente. 

“As famílias que confiam na nossa abordagem enxergam rapidamente os benefícios desse convívio, na diminuição de conflitos entre irmãos de diferentes idades, assim como na capacidade da criança de conviver com segurança e respeito em ambientes extra escola, onde ela convive com maiores e menores do que ela”, detalha.

Segundo a diretora, outro benefício nítido é o próprio aprendizado. Ao mesmo tempo em que aprende a lidar com crianças menores e mais imaturas, o aluno convive com mais velhos e, com esses, acelera sua compreensão das regras.

“Trata-se da criação de sinapses, que é nada menos do que aprendem observando o outro. Essa é a base do sócio-interacionismo, da vida entre-pares, que inspira o nome da nossa escola”, explica Dayse.

As principais características deste modelo pedagógico são:

Aprendizado colaborativo: A interação entre estudantes de diferentes idades incentiva a colaboração, a troca de conhecimentos e a resolução de problemas em grupo, promovendo um aprendizado mais dinâmico.

Desenvolvimento de habilidades sociais: A convivência com colegas de diferentes idades auxilia no desenvolvimento de habilidades sociais, como empatia, comunicação eficaz e respeito pelas diferenças.

Mentoria natural: Estudantes mais velhos frequentemente assumem papéis de mentoria, ajudando os mais novos no processo de aprendizado, o que fortalece sua autoconfiança e responsabilidade.

Aprendizado personalizado: Os educadores têm a oportunidade de se concentrar nas necessidades individuais de cada aluno, adaptando o ensino de acordo com o ritmo de aprendizado e interesses específicos.

Preparação para a vida real: Ao vivenciar a convivência com pessoas de diferentes idades desde cedo, os alunos estão mais bem preparados para enfrentar situações variadas na vida adulta.

“Essa experiência enriquecedora prepara nossos estudantes para a vida, ajudando-os a se tornarem cidadãos mais empáticos, colaborativos e abertos ao aprendizado contínuo”, afirma Dayse. 

Ela acredita que o trabalho está pavimentando o caminho para uma educação mais integrada e centrada no desenvolvimento dos alunos, preparando-os não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a vida em uma sociedade diversificada e em constante mudança.

Foto: Dayse Campos


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